Audiência foi fracionada e outras quatro pessoas, além do réu, serão ouvidas no próximo dia 20/04.
(02.03.2012 – 15h30) A Justiça começou, nesta sexta-feira, a ouvir testemunhas de defesa do médico Rogério Tibúrcio de Moraes Cavalcante acusado de homicídio culposo qualificado (com pena prevista de 01 a 04 anos de reclusão com aumento de mais 1/3 de um ano pela qualificado de “inobservância de regra básica de profissão”), praticado contra o adolescente Allan Barbosa. As testemunhas de acusação já foram ouvidas em datas anteriores. O jovem morreu de infecção generalizada, dias após ser submetido a cirurgia bariátrica realizada pelo médico, que teria deixado de prestar assistência médica após a intervenção.
A audiência foi presidida pelo juiz substituto Rogério Tibúrcio Cavalcanti com a participação da promotora Lilian Patrícia Gomes, representante do Ministério Público do Estado e do advogado do réu, Clodomir Araújo acompanhado de mais dois auxiliares. Ainda falta mais quatro depoentes apontados pela defesa do médico, para serem ouvidos em juízo e só após é que o acusado será interrogado, o que poderá ocorrer no próximo passo da justiça, marcado para ocorrer dia 20/04.
O médico Daniel Pinheiro, que trabalha no hospital Saúde da Mulher, onde foi realizada a cirurgia bariátrica, foi o primeiro a prestar informações, respondendo às perguntas formuladas pelo juiz e em seguida pela representante do MPE e pelos advogados de defesa do acusado. Pinheiro procurou dar esclarecimentos técnicos sobre os laudos juntados ao processo, entre os quais, os métodos usados em exame de endoscopia, podendo ser através de fibra óptica ou vídeo, mas, ambos são invasivos, entre outras informações técnicas. A segunda testemunha, Ione Assis Silva compareceu em juízo para dizer que era obesa mórbida, e, foi submetida a cirurgia bariátrica também pelo acusado, afirmando que o médico teria lhe prestado toda a assistência possível.
As próximas testemunhas de defesa que serão ouvidas dia 20/04, são: Alexandre Nogueira, Edson Tanaka, Arnaldo Lobo Neto, Luiz Claúdio Lopes Chaves, e Lauro Casagrande Filho. Só após é que a justiça fará o interrogatório do acusado, podendo ocorrer nessa mesma data. Encerrada essa fase de coleta de depoimentos o juiz abrirá prazo para acusação e defesa apresentarem suas considerações finais. Em seguida, após a análise do caso será proferida uma sentença. (Texto Glória Lima).