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Começa na capital sessões do júri com casos que tramitam na 1ª Vara e marca 300 julgamentos realizados em seis anos, pelo juiz


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Borracheiro confessou que desferiu facada na vítima e afirmou que teria sido a vítima que atacou primeiro

 

 

(05.03.2012 – 13h08) O juiz Edmar Pereira, titular da 1ª vara do júri de Belém, que comemora hoje o 300º júri popular que preside, nos últimos seis anos à frente do juízo, começa nesta segunda-feira a pauta dos quatro julgamentos marcados para este mês de março. Adalberto Monteiro de Souza, 32 anos, borracheiro, após ser submetido ao júri, composto por sete integrantes foi condenado, acusado de matar a facadas Reginaldo Cardoso de Jesus em agosto de 2001.
 
O réu confessou que desferiu facadas na vítima, mas, alegou ter sido a vítima que lhe provocou e que se sentia ameaçado por ele. Mas, por maioria dos votos os jurados acataram a tese acusatória de que o réu foi autor de homicídio qualificado (por ter atingido a vítima de surpresa). A pena aplicada ao réu, de 18 anos e seis meses de  reclusão será cumprida em regime fechado, numa penitenciária da Região Metropolitana de Belém.  
A sessão foi realizada no plenário des. Elzaman Bittencourt, Fórum Criminal da Capital, localizado na Cidade Velha. O promotor Mário Chermont, representante do Ministério Público do Estado sustentou a acusação que o réu cometeu homicídio qualificado, por ter agido de surpresa. Em defesa do acusado atuou o defensor público Alex Noronha, que sustentou as teses de legítima defesa própria ou alternativamente desclassificatória para homicídio privilegiado, mas, os jurados rejeitaram as duas. O paulista estava cumprindo 11 anos e seis meses de prisão na penitenciária de Paraguassu Paulista, SP, condenado por tentativa de homicídio e há seis meses fora recambiado para Belém para ser julgado por este crime.

Informações contidas no processo dão conta que a vítima estava com amigos após uma partida de futebol, deslocaram-se até a passagem Jarina, localizada no bairro do Marco, perímetro urbano de Belém, onde residiam, e sentados numa calçada ingeriam bebida alcoólica.  Segundo essas testemunhas, o réu teria chegado de surpresa e aplicado as facadas. A irmã da vítima e o réu confirmaram que havia uma animosidade entre vítima e réu, e que este teria levado uma surra da vítima.

Ao ser interrogado o acusado confessou o crime, mas, contou que não pegou de surpresa a vítima, e este teria lhe provocado e lhe atacado primeiro.  O réu informou que quando era adolescente de 16 anos levou uma surra da vítima, e que por conta das constantes ameaças e provocações que este lhe fazia chegou a se mudar para o bairro da Cidade Nova, em Ananindeua, município da região metropolitana de Belém. 

O acusado disse ainda que no dia do crime teria ido na passagem Jarina, por que tinha uma comemoração de familiares que moravam alí. Mas, por temer provocações por parte da vítima se armou de uma faca que subtraiu da casa da tia, e usou contra o desafeto. (Texto Glória Lima).